EPISCOPADO

DECLARAÇÃO POR OCASIÃO DO 103º ANIVERSÁRIO NATALÍCIO DE SUA SANTIDADE PROFETA SIMÃO GONÇALVES TÔCO, ETERNO E VENERÁVEL DIRIGENTE DOS TOCOÍSTAS
24 de Fevereiro de 1918 – 24 de Fevereiro de 0021, MC

Graças e louvores rendemos ao SENHOR, o Omnipotente Deus,
Criador do Universo e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Celebrando-se hoje, 24 de Fevereiro do Ano 0021 deste Milénio,
o 103.º Aniversário Natalício do Nosso Venerável e Eterno
Dirigente, o EPISCOPADO rende profunda e singela homenagem
a Sua Santidade Profeta SIMÃO GONÇALVES TÔCO,
Relembrador da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo
e Fundador do Tocoismo.
Os feitos de Sua Santidade Profeta SIMÃO GONÇALVES TÔCO
ultrapassam a simples dimensão humana, pois reúne em Si
virtudes Profético-Espirituais e as de um convicto Nacionalista,
Pan-Africanista e Humanista. Referências sobre a vida e obra
de Sua Santidade Profeta SIMÃO TÔCO dão conta do seu
nascimento a 24 de Fevereiro de 1918 na aldeia de Mbanza
Zulumongo (Sadi), no Sobado de Mbanza Mpambu, Município
de Maquela do Zombo – Província do Uíge. Seus pais Ndombele
Luvumbu Bitopo ou Tôco e Ndundu Simba Tôco, eram pessoas
humildes, oriundas do meio rural, cuja ocupação principal era a
actividade agrícola de subsistência. O pai desempenhou
igualmente as funções de Capataz no ex-Congo Belga, actual
República Democrática do Congo.
No acto do Seu nascimento, Sua mãe deu à luz gémeos, dando-
O o nome de Mayamona, sendo o primeiro a nascer,
adiantando as pernas. Seu par, uma menina, viria a falecer logo
após o parto.
O Seu crescimento e trajectória de vida foram profundamente
dedicados à Causa do Negócio de Deu. Enquanto menino, foi
humilde, obediente e bastante laborioso.
 
Do Seu Irmao Mais Velho, o Ancião Domingos Quibeta, recebeu
as noções básicas de leitura, escrita e cálculo, em língua
Kikongo. Com 8 anos de idade, o Seu irmão entregou-O à BMS
de Kibokolo, mais concretamente nas mãos do enviado dos
missionários o Diácono Maurício Kiala Bonga, apresentando-O
com o nome de Simão.
Desde então, cresceu sob os cuidados dos Missionários daquela
Missão, ostentando uma sabedoria extraordinária, e, por essa
razão, foi-Lhe concedida uma bolsa de estudos. Como
consequência, no dia 10 de Julho de 1933, na companhia
do Reverendo Arthur Enock Guest e esposa, e do sogro Pedro
Sadi, chegou à Luanda, dando sequência aos estudos, tendo
sido posteriormente matriculado no Liceu Nacional Salvador
Correia de Sá.
Finda a missão do Reverendo Arthur Enock Guest e o
consequente regresso à sua pátria, o Menino SIMÃO, esteve
inicialmente sob os cuidados da Missão Evangélica Episcopal de
Luanda (na pessoa do missionário e Reverendo Augusto
Klebsattel, então Responsável da Missão, que posteriormente o
remete aos cuidados do Reverendo Pedro Agostinho Neto, pai
do Dr. António Agostinho Neto, com quem coabitou em
comunhão de mesa.
Ainda na década de 1930, profetizou o futuro do então menino
António Agostinho Neto como aquele que viria a ser o primeiro
Presidente de Angola independente, o que se cumpriu
integralmente em 11 de Novembro de 1975.
Correspondendo às suas virtudes Profético-Espirituais,
enquanto estudante em Luanda, a 17 de Abril de 1935, Sua
Santidade Profeta SIMÃO GONÇALVES TÔCO integrou uma
comitiva de Autoridades Tradicionais do Norte de Angola, de
passagem por Catete, localidade na qual teve encontro com o
Altíssimo Jeová Deus, com Quem falou e pelo SENHOR foi
ungido e Lhe disse: “… Hei-de pôr uma coisa em ti, mas não
hás-de saber nem entender. Nem pessoa alguma saberá e
entenderá”. Fim de citação. Deus pisou o chão de Catete! Deus
visitou a África! É a Teofania aos Tocoistas!
Dando corpo à virtude humanista que de Deus Pai recebeu, ao
concluir o Primeiro Ciclo do Curso Geral dos Liceus, frequentou
uma Formação Pedagógica, na qual obteve o Diploma de
Professor de Posto, e com o seu regresso a terra natal,
 
desempenhou as funções de Professor na BMS de Kibokolo e
mais tarde na do Bembe entre 1937-1942, ajudando os seus
conterrâneos a aprender a ler e a escrever
Enquanto Professor na Missão Baptista do Bembe notou
injustiças, desigualdades no tratamento de questões socio-
laborais, levando-O a contestar através de uma Carta Aberta
dirigida aos Missionários.
Desvinculou-se da Missão Baptista do Bembe e rumou para o
ex-Congo Belga, onde organizou seus conterrâneos e formou o
Coro de Kibokolo aos 5 de Abril de 1943, cujas exibições
propiciaram a que fosse convidado a participar na Conferência
Missionária Protestante Internacional.
No ex-Congo Belga, face a precária condição sócio-humanitária
a que estavam sujeitos os angolanos refugiados, a 23 de Junho
de 1946, Sua Santidade decidiu criar uma Associação de
Beneficência, denominada “Nkutu Nsimbani”, para ajuda e
apoio dos necessitados: órfãos, viúvas, velhos e outros
desamparados.
Menos de um mês depois, ou seja, de 13 a 24 de Julho de 1946,
participou na Conferência Missionária Protestante Internacional
realizada na actual cidade de Kinshasa, na localidade de Kaliná.
Evento que mobilizou centenas de participantes provenientes
de várias partes do mundo, incluindo Diplomatas das grandes
potências mundiais com representação consular no então ex-
Congo Belga.
A Conferência debruçou-se sobre o desenvolvimento humano,
social, económico e espiritual, particularmente da Africa
Subsaariana, na perspectiva de se potenciar a sua libertação.
Para o efeito, a 18 de Julho de 1946, os Doutores John Taylor
Tucker da Missão do Dondi e Auguste Rodolphe Brechet,
Director da Missão Filafricana de Caluquembe, em reunião de
que participaram Missionários europeus e africanos, foram
designados três angolanos para orarem, sendo Reverendíssima
Adão Gaspar de Almeida da Missão Evangélica Episcopal de
Luanda, Jessé Chiula Chipenda da MISSÃO Evangélica do Dondi
e Sua Santidade Profeta Simão Gonçalves Tôco.
Enquanto Pan-Africanista, refutou que na Conferência
Missionária Protestante Internacional lhe fosse imposto pelos
Missionários um Hino nada condizente com a perspectiva de
 
libertação espiritual e material de África, cantando outro que
evocava a liberdade e a salvação do homem africano.
Durante a Conferência Missionária Protestante Internacional
encarregou-se de recolher a roupa dos Delegados Angolanos e
com custos próprios mandou-a lavar, não aceitando que os
seus conterrâneos gastassem dinheiro em terra alheia.
Três anos depois Sua Santidade Profeta Simão Gonçalves Tôco,
agregou povos, uniu nações, raças, tribos e línguas através da
Relembrança da IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO NO
MUNDO a 25 de Julho de 1949, data da Efusão do Espírito Santo
em África, sendo resposta de Deus à Sua Petição feita durante
a Conferência Missionária Protestante Internacional a que
referimos atrás.
do Venerável Dirigente dos Tocoístas e o espalhar pelo
território nacional e de S.Tomé e Príncipe dos seguidores.
Pouco tempo depois, os seus ideais salvíficos e de liberdade,
levaram-No a que as autoridades coloniais O transferissem ao
Colonato de Kakonda, Postos do Jau e Kassinga, ex-Sá da
Bandeira (Lubango), Moçamedes, ex-Porto Alexandre (Tômbwa)
e ao Farol de Ponta Albina em pleno deserto do Namibe. No sul
de Angola, permaneceu 12 anos e foi trucidado por tractor a
mando do Governo central do regime fascista de Salazar.
Consequentemente regressou à Luanda, onde foi obrigado a
deslocar-se para o norte de Angola e, como Deus escreve
direito em linhas tortas, identificou o local onde hoje está
situada a sede Espiritual da Igreja.
As autoridades coloniais portuguesa, não conformadas com a
Sua presença em Angola, deportam-No para o Arquipélago dos
Açores em Portugal, onde permaneceu 11 longos anos. Naquela
parcela do território português, superou várias vicissitudes e
tentativas de morte, ao ponto de ser-Lhe intencionalmente
arrancado o coração.
A tudo isso, o Nosso Venerável Dirigente respondeu remetendo
a Deus Pai, o Dono da Obra por Si iniciada. Ao contrário do
pensamento dos detractores do Tocoísmo, as cadeias, os
desterros e as deportações serviram para unir os Tocoístas do
Norte aos do Sul, os do Leste aos do Oeste, e,
consequentemente a expansão do Tocoísmo.
As perseguições de que foi alvo o Venerável Dirigente serviram
para mostrar-nos que nesta caminhada cristã nada seria, e
nem será fácil, pelo que devemos todos estar preparados para
transpor obstáculos, vencer barreiras e ultrapassar todo e
qualquer foco de desestabilização, unindo-nos em torno do
Renovo do PAI MAYAMONA, Sua Santidade Bispo Dom Afonso
Nunes, o Rosto Visível de Mayamona Invisível.
Sua santidade Profeta SIMÃO GONÇALVES TÔCO é a emanação
de Cristo, Filho de Deus, sendo a referência fundamental de
todos quantos lutam dia e noite na busca do bem-estar,
harmonia, solidariedade e unidade dos povos, visando a sua
integral salvação. Deu provas de grande dignidade,
consentindo sacrifícios, enfrentando desafios diante daqueles
que requeriam a Sua vida e a Obra de Deus por Si relembrada.
 
Finalmente o EPISCOPADO rende graças e louvores a Deus e
suplica para que a Missão confiada a Sua Santidade PAI
MAYAMONA seja permanentemente orientada e iluminada pelo
Criador, visando o alcance integral dos objectivos
espiritualmente traçados.
Honra e Glória eterna a Sua Santidade PAI MAYAMONA;
Viva a IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO NO MUNDO;
Viva o 24 de Fevereiro de 1918;
Viva o 103º Aniversário Natalício de Sua Santidade Profeta
SIMÃO GONÇALVES TÔCO;
Viva o Tocoísmo
Que Deus Pai continue a abençoar Sua Santidade Bispo Dom
Afonso Nunes e respectiva família.
POR UMA IGREJA UNA, UNICA E INDIVISÍVEL…
ORDEM, FIRMEZA E FÉ!
EPISCOPADO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS
CRISTO NO MUNDO «OS TOCOISTAS»
em Luanda aos 26 de
Fevereiro de 0021, “Ano da Renovação dos Espíritos e da Real
União União com Cristo” – Milénio de Cristo.